sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Você sabe o que é Cabeamento Estruturado? , O que é um cabeamento estruturado?

Você sabe o que é Cabeamento Estruturado?

Iorranan Dos Santos Sobrinho

Consultor de Projetos em TI e soluções em servidores.

Gerasist Soluções Inteligentes

Fone: (62) 3945-8955 / 3941-8956 / 9100-5549

A popularização das tecnologias de comunicação de dados está contribuindo para a

disseminação das redes de computadores tanto nos ambientes residenciais como corporativos.

Este fato contribui para a quase onipresença de tecnologias de transmissão de dados e a

utilização cada vez maior de equipamentos de comunicação. As características das redes

wireless fazem com que esta tecnologia se torne adequada a este novo paradigma de

comunicação, mas as redes cabeadas, ainda são pré-requisito quando fatores como altas

taxas de transmissão e segurança da informação são vistos como prioridade.

Apesar dos avanços da tecnologia, a quantidade de cabos necessários para a conexão

de computadores, telefones, alarmes e sistemas de TV continua aumentando. A diversidade de

padrões e meios de transmissão acaba por disponibilizar uma infinidade de mídias de

comunicação diferentes e neste sentido surge o conceito de Cabeamento Não-estruturado que

é aquele concebido sem um planejamento prévio e o seu dimensionamento não considera

modificações ou expansões futuras na rede. O Cabeamento Não-Estruturado, utiliza mídias

proprietárias e dedicadas para tipos específicos de aplicação, ou seja, um tipo de cabo para

voz, outro para dados, outro para sistemas de controle, resultando em diversas topologias,

padrões e conexões. Este resultado, além de dificultar a manutenção e expansão da rede, faz

com que ela se torne mais suscetível a problemas de conexão, causados por danos físicos,

interferências eletromagnéticas e, dentre outros motivos, torna-se um fator limitante para a

implantação de novas tecnologias. Pergunte-se quantas vezes você teve que fazer uma

extensão para atender um ponto de telefonia ou mesmo de dados.

Para lidar com os problemas de um sistema não-estruturado, surgiu o Cabeamento

Estruturado. O Cabeamento Estruturado, (Structured Cabling System – SCS) é um sistema

baseado na padronização dos conectores e meios de transmissão, de modo a tornar a infra-

estrutura de cabos independente do tipo de aplicação e do layout. É regido por padrões e

normas internacionais, e ao utilizar cabos e conectores padronizados, permite a conexão de

qualquer equipamento em qualquer ponto da rede. Ou seja, é um sistema que além da

transmissão de dados, prevê a sua utilização para diversos fins, tais como: voz, vídeo, alarmes

e sensores em um único tipo de cabo. O SCS utiliza o conector RJ45 e o cabo UTP como

mídias padrão. Uma analogia ao SCS é a tomada de energia que permite a alimentação

elétrica de um equipamento independente do tipo da aplicação (Secador, Microondas,

Geladeira, Televisão, etc).

Um cabeamento quando instalado sem previsão e de forma imediatista, por não seguir

técnicas e normas reconhecidas, pode vir a causar diversos prejuízos ao cliente que vão desde

limitações técnicas (baixo desempenho do sistema, limitações na expansibilidade da rede etc)

à prejuízos financeiros (maior gasto com manutenção, adequações devido a mudanças

constantes de layout, etc). Uma das vantagens do Cabeamento Estruturado está relacionada à

diversidade de fabricantes o que elimina a dependência sobre um único fornecedor. A

padronização do sistema permite a utilização de materiais de fabricantes distintos

proporcionando ao projetista a adequação do sistema dentro das limitações de tempo e

orçamento do cliente.

Outro ponto que merece atenção especial em um sistema de cabeamento estruturado

diz respeito a sua instalação. Existem normas para a instalação e operação do SCS que visam

assegurar a disponibilidade e a integridade do sistema. A instalação inadequada poderá

acarretar na não funcionabilidade dos serviços. Para garantir a qualidade do sistema, a

instalação deve ser feita por uma empresa especializada, com profissionais certificados por

instituições reconhecidas nacional e internacionalmente. Um sistema de cabeamento

estruturado deverá ter no mínimo 10 anos de vida útil e algumas empresas (ex. Furukawa)

estendem a garantia para até 25 anos.

Um cabeamento estruturado visa garantir a flexibilidade, facilidade de operação e

manutenção do sistema de comunicação. A estruturação das redes de comunicação, seja

através de dados, voz ou imagens, dentro das residências ou empresas é um passo importante

para que estas possam responder de forma rápida e eficaz às solicitações cada vez maiores de

recursos de comunicação. Dentro dessa realidade, os sistemas estruturados destacam-se

como uma solução economicamente viável e tecnicamente eficaz.



By: Iorranan dos santos sobrinho

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cabeamento estruturado, Guia rapido de cabeamento estruturado, texto sobre cabeamento estruturado, tutorial sobre cabeamento estruturado By: Ronan605

Montar uma rede doméstica é bem diferente de montar uma rede local de 100 pontos em uma empresa de médio porte. Não apenas porque o trabalho é mais complexo, mas também porque existem normas mais estritas a cumprir. O padrão para instalação de redes locais em prédios é o ANSI/TIA/EIA-568-B, que especifica normas para a instalação do cabeamento, topologia da rede e outros quesitos, que chamamos genericamente de cabeamento estruturado. No Brasil, temos a norma NBR 14565, publicada pela ABNT em 2001.

A norma da ABNT é ligeiramente diferente da norma internacional, a começar pelos nomes, que são modificados e traduzidos para o português, por isso vou procurar abordar os pontos centrais para que você entenda como o sistema funciona, sem entrar em detalhes pedanticos sobre a norma propriamente dita.

A idéia central do cabeamento estruturado é cabear todo o prédio de forma a colocar pontos de rede em todos os pontos onde eles possam ser necessários. Todos os cabos vão para um ponto central, onde ficam os switches e outros equipamentos de rede. Os pontos não precisam ficar necessariamente ativados, mas a instalação fica pronta para quando precisar ser usada. A idéia é que a longo prazo é mais barato instalar todo o cabeamento de uma vez, de preferência antes do local ser ocupado, do que ficar fazendo modificações cada vez que for preciso adicionar um novo ponto de rede.

Tudo começa com a sala de equipamento (equipment room), que é a área central da rede, onde ficam os servidores, switches e os roteadores principais. A idéia é que a sala de equipamento seja uma área de acesso restrito, onde os equipamentos fiquem fisicamente protegidos.

Em um prédio, a sala de equipamento ficaria normalmente no andar térreo. Seria inviável puxar um cabo separado para cada um dos pontos de rede do prédio, indo da sala de equipamento até cada ponto de rede individual, por isso é criado um segundo nível hierárquico, representado pelos armários de telecomunicações (telecommunications closed).

O armário de telecomunicações é um ponto de distribuição, de onde saem os cabos que vão até os pontos individuais. Normalmente é usado um rack, contendo todos os equipamentos, que é também instalado em uma sala ou em um armário de acesso restrito.

Além dos switches, um equipamento muito usado no armário de telecomunicações é o patch panel, ou painel de conexão. Ele é um intermediário entre as tomadas de parede e outros pontos de conexão e os switches da rede. Os cabos vindos dos pontos individuais são numerados e instalados em portas correspondentes do patch panel e as portas utilizadas são então ligadas aos switches:




Patch panel e detalhe dos conectores

Além de melhorarem a organização dos cabos, os patch panels permitem que você utilize um número muito maior de pontos de rede do que portas nos switches. A idéia é que você cabearia todo o escritório, ou todo o andar do prédio, deixando todas as tomadas ligadas ao patch-panel. Se for um escritório novo, provavelmente poucas das tomadas serão usadas de início, permitindo que você use um único switch. Conforme mais tomadas passarem a ser usadas, você passa a adicionar mais switches e outros componentes de rede, conforme a necessidade.

Outra vantagem é que com os cabos concentrados no patch panel, tarefas como desativar um ponto ou ligá-lo a outro segmento da rede (ligando-o a outro switch ou roteador) ficam muito mais simples.

Os patch panels são apenas suportes, sem componentes eletrônicos e por isso são relativamente baratos. Eles são normalmente instalados em racks, junto com os switches e outros equipamentos. Os switches são ligados às portas do patch panel usando cabos de rede curtos, chamados de "patch cords" (cabos de conexão). Os patch cords são muitas vezes feitos com cabos stranded (os cabos de par trançado com várias fibras) de forma a serem mais flexíveis.

Cada andar tem um ou mais armários de telecomunicações (de acordo com as peculiaridades da construção e a distância a cobrir) e todos são ligados a um switch ou um roteador na sala de equipamento através de cabos verticais chamados de rede primária (eles são também chamados de cabeamento vertical ou de backbones). Se a distância permitir, podem ser usados cabos de par trançado, mas é muito comum usar cabos de fibra óptica para esta função.

Na entrada do prédio teríamos ainda a sala de entrada de telecomunicações, onde são conectados os cabos externos, como linhas de telefones, links de Internet, cabos ligando o prédio a outros prédios vizinhos e assim por diante:





Temos em seguida a rede secundária (que na norma internacional é chamada de "horizontal cabling", ou cabeamento horizontal), que é composta pelos cabos que ligam o armário de telecomunicações às tomadas onde são conectados os PCs da rede. Estes são os cabos permanentes, que são instalados como parte do cabeamento inicial e continuam sendo usados por muito tempo.

Como você pode notar, este sistema prevê o uso de três segmentos de cabo:

a) O patch cord ligando o switch ao patch panel.
b) O cabo da rede secundária, ligando o patch panel à tomada na área de trabalho.
c) O cabo entre a tomada e o PC.

Dentro do padrão, o cabo da rede secundária não deve ter mais do que 90 metros, o patch cord entre o patch panel e o switch não deve ter mais do que 6 metros e o cabo entre a tomada e o PC não deve ter mais do que 3 metros.

Estes valores foram definidos tomando por base o limite de 100 metros para cabos de par trançado (90+6+3=99), de forma que, ao usar um cabo de rede secundária com menos de 90 metros, você pode usar um patch cord, ou um cabo maior para o PC, desde que o comprimento total não exceda os 100 metros permitidos.

Em um ambiente já existente, os cabos podem ser passados através de um teto falso, ou através das canaletas usadas pelos fios de telefone. Em casos extremos pode ser usado piso falso (piso elevado), permitindo que o cabeamento passe por baixo. O problema de usar piso falso é que os suportes são caros. No caso de prédios em construção, é possível incluir canaletas específicas para os cabos de rede, facilitando o cabeamento:





As salas e os outros ambientes contendo as tomadas, onde ficam os micros, são chamadas de área de trabalho (work area), já que em um escritório corresponderiam às áreas úteis, onde os funcionários trabalham. Na norma da ABNT, as tomadas são chamadas de "pontos de telecomunicações" e não de "pontos de rede". Isso acontece porque o cabeamento estruturado prevê também o uso de cabos de telefone e de outros tipos de cabos de telecomunicação, não se limitando aos cabos de rede.

Iorranan dos santos sobrinho
 
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